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A pé na Suíça


Quando cheguei para minha pós graduação na Suíça, fiquei fascinada com a beleza deste país. É incrível a harmonia entre as montanhas, o lago, a arquitetura e a vegetação. Deslumbrei! A região do Lago Genebra não seria tão bonita se fosse planejada.

Para conhecer, saí andando por aí. E deslumbrei ainda mais.

Andando vou vendo detalhes não perceptíveis em velocidade.

Descobrir uma cidade a pé é fascinante!

Aqui o pedestre é rei. As vezes o tráfico pára pois alguém está parado em frente da faixa. A simples sugestão de atravessar a faixa já é motivo para um carro parar. Alguns desligados nem percebem o estrago que fazem ao parar para procurar o celular na frente de uma faixa.

Eu andava muito em São Paulo, minha cidade. Mas apanhava das calçadas, uma diferente da outra, muitas vezes com degraus, revestimentos escorregadios e até buracos causados pelas raízes das árvores. Uma curiosidade que notei aqui é que a manutenção das calçadas é responsabilidade da prefeitura, e não do imóvel.

As calçadas daqui são bem sem graça, mas são funcionais! Todas iguais, de cimento, lisas e com guias rebaixadas para deficientes, carrinhos de bebês e crianças de patins poderem transitar sem o menor problema. Bicicletas têm sua própria faixa e, quando não têm, a regra é usar a rua mesmo, pois calçada é para pedestre.

Ainda sobre as calçadas. Geralmente elas têm um ângulo de 90º com a rua. Aqui notei um chanfrado de uns 45º no topo de algumas. Entendi: como algumas ruas são estreitas, é uma maneira de facilitar os carros a subirem na guia, quando existem carros nos dois sentidos. Ajuda também às bicicletas. Achei simples, barato e inteligente!

O respeito ao pedestre é tão grande que crianças pequenas vão para a escola desacompanhadas a pé. Mas existe também respeito do pedestre com os carros: já ví um Suíço parado em frente de um sinal de pedestres às três da manhã em uma rua vazia, esperando o verde.

E eu sigo andando por aqui...

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