Aqui em St-Prex recebemos mensalmente uma programação listando as atividades previstas para o mês. E tem atividade a beça, de jantares comunitários, passando por caminhadas em grupo, encontro de cachorros, concertos e até bazares filantrópicos.
Final de semana passado, teve uma atividade que adoro: Open Art St-Prex, ou Ateliers dos artistas de portas abertas. Claro que eu fui!
A idéia é mostrar e promover o trabalho dos artistas que moram na cidade. E aqui tem de tudo, artista contemporâneo, acadêmico e de todos os gostos e talentos. Funciona assim: no final de semana marcado, os artistas identificam suas casas com um poster na entrada e abrem as portas das 11 as 19 horas para quem aparecer. Ficam lá, recebendo os visitantes. Entrada livre, as obras ficam expostas na casa, uma lista de preço é disponível aos interessados e as vezes, dependendo do anfitrião, um vinho e alguns canapés são servidos.

Adoro este negócio de portas abertas, me lembra que estou em um país onde a segurança predomina. Abre-se as portas e nenhum ladrão aparece. Mas gosto especialmente de bisolhar a casa dos outros... fico tentando decifrar através da organização e dos objetos a personalidade das pessoas. Acho que uma casa fala bastante sobre seus donos.
A divulgação do Open Art Saint-Prex é feita através de banners espalhados pela cidade, flyers, programações listadas pela prefeitura e principalmente através dos amigos dos artistas. Este ano foi a XV edição e aparentemente terão outras, visto que a adesão continua grande.
St-Prex não é tão grande, muito pelo contrário mas, mesmo assim as casas ficam separadas umas das outras , o que permite conciliar as visitas a uma boa caminhada. Este ano o circuito passou pelo lago, pelo centro medieval da cidade e subiu em direção a uma floresta que existe ao Norte. Nada mal!

Gostamos especialmente de uma artista que mora no centro antigo de St-Prex, Sylvie Aubert. A casa dela, decorada com uma mistura balanceada de moderno e clássico e com toques originais, diz muito sobre seu gosto e sua autenticidade, também encontrada em seus quadros. Tinham óleos, aquarelas e alguns cartões confeccionados através da fotografia dos quadros, uma solução para quem gostou de algo em especial mas que não bancou o preço dos quadros que, confesso, achei bem altos para alguém ainda não bem conhecido.
Mas aqui é a Suíça, onde os preços acompanham os custos de um país onde as coisas funcionam e onde existe um respeito e uma admiração imensa pelo trabalho do próximo. E algumas obras foram vendidas. Bravo Sylvie!